quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pastorinhos de fatima


Pastorinhos de Fátima

Lúcia dos Santos com os seus primos Francisco e Jacinta Marto.Os Pastorinhos de Fátima (também chamados de Os Três Pastorinhos) foram as três crianças portuguesas que viveram e testemunharam as chamadas aparições de Fátima, ocorridas entre 1916 e 1917, na Cova da Iria.

Os seus nomes eram:

Lúcia de Jesus dos Santos (de dez anos)
Lúcia de Jesus dos Santos (Aljustrel, 28 de Março de 1907 — Coimbra, 13 de Fevereiro de 2005), conhecida no Carmelo como Irmã Lúcia do Coração Imaculado, Ordem das Carmelitas Descalças, e reverenciada por alguns católicos portugueses simplesmente como a Irmã Lúcia, foi, juntamente com Jacinta e Francisco Marto (os chamados «três pastorinhos»), uma das três crianças que viram Nossa Senhora na Cova da Iria (Fátima), durante o ano de 1917.

Lúcia nasceu no lugar de Aljustrel, próximo de Fátima. Tinha dez anos quando viu, pela primeira vez, Nossa Senhora na Cova da Iria, juntamente com os primos Jacinta e Francisco Marto. Lúcia foi a única dos três primos que falava com a Virgem Nossa Senhora,sua prima Jacinta ouvia mas não falava e Francisco nem sequer ouvia as palavras de Nossa Senhora, e como tal era a portadora do Segredo de Fátima. Nos primeiros tempos, a hierarquia católica revelou-se céptica sobre as afirmações dos Três Pastorinhos e foi só a 13 de Outubro de 1930 que o bispo de Leiria tornou público, oficialmente, que as aparições eram dignas de crédito. A partir daí, o Santuário de Fátima ganhou uma expressão internacional, enquanto a irmã Lúcia viveu cada vez mais isolada.

Em 17 de Junho de 1921, o bispo de Leiria D. José Alves Correia da Silva proporcionou a sua entrada no colégio das irmãs doroteias em Vilar, Porto, alegadamente para a proteger dos peregrinos e curiosos que acorriam cada vez mais à Cova da Iria e pretendiam falar com ela. Professou como doroteia em 1928, em Tuy (Espanha), onde viveu alguns anos. Em 1946 regressou a Portugal e, dois anos depois, entrou para o Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como carmelita a 31 de Maio de 1949. Foi neste convento que escreveu dois volumes com as suas Memórias e os Apelos da Mensagem de Fátima. Em 1991, quando o Papa João Paulo II visitou Fátima, convidou a irmã Lúcia a deslocar-se ali e esteve reunido com ela 12 minutos. Antes, já se tinha encontrado também em Fátima com o Papa Paulo VI.

Lúcia morreu no dia 13 de Fevereiro de 2005, no Convento Carmelita de Santa Teresa em Coimbra. O seu corpo foi transladado de Coimbra para o santuário de Fátima em 19 de Fevereiro de 2006.


BeatificaçãoEm 14 de fevereiro de 2008, na Catedral de Coimbra em Portugal, o Cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, por ocasião do aniversário da morte da "vidente de Fátima", tornou público que o papa Bento XVI, atendendo ao pedido do bispo Albino Mamede Cleto, de Coimbra, compartilhado com numerosos bispos e fiéis do mundo todo autorizou, excepcionando as normas do Direito Canônico (art. 9 das "Normae servandae"), o início da fase diocesana da causa da sua beatificação, transcorridos apenas três anos da sua morte.

Memorial Irmã Lúcia
Em 31 de Maio de 2007 foi inaugurado em Coimbra um museu sobre a vidente de Fátima.

Foi projectado pelo arquitecto Florindo Belo Marques para uma área onde as irmãs do Carmelo de Coimbra tinham galinheiros, o museu apresenta um espólio que remete até ao tempo das "aparições de Fátima".

Francisco Marto (de nove anos)
Francisco Marto (Aljustrel, Fátima, 11 de Junho de 1908 — 4 de Abril de 1919) [1], conhecido mundialmente como Beato Francisco de Fátima e da Igreja Católica, foi um dos três pastorinhos que dizem ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria, de 13 de Maio até 13 de Outubro de 1917.

Filho mais velho de Olímpia e Manuel Marto, Francisco e Jacinta eram crianças típicas do Portugal rural da época. Como não era obrigatório, ele não frequentava a escola, e trabalhava como pastor em conjunto com a sua irmã Jacinta e a sua prima Lúcia. Como Nossa Senhora sugeriu numa das aparições, Francisco ingressou no ensino primário, mas acabou por deixar de assistir às aulas.

De acordo com as memórias de Lúcia, Francisco era um rapaz muito dado, mas calmo, e gostava de música, o qual mostrava habilidade no pífaro. Sendo muito independente nas opiniões, no entanto era pacificador, e mostrava-se muito respeitoso pelas pessoas. Conta a sua prima que até os animais não escapavam a sua caridade.

Na sequência das aparições, o comportamento dos dois irmãos alterou-se e desde então Francisco passou a preferir rezar sozinho. Marcado pelas palavras de Nossa Senhora para "que não ofendam mais a Deus", ele retirava-se na solidão "para consolar Jesus pelos pecados do mundo".

As três crianças, particularmente o Francisco, tinham o costume de praticar mortificações, mas que Nossa Senhora numa das aparições pedira moderação. Contudo, como penitência, Francisco deixara de ir à escola e escondia-se para atenuar pelos pecadores. É possível que prolongados jejuns o tenham enfraquecido a ponto de sucumbir à epidemia do vírus influenza que varreu a Europa em 1918, em consequência da Primeira Guerra Mundial. Ele acabou por falecer em casa em 1919.

Francisco e a irmã Jacinta foram beatificados pelo Papa João Paulo II em 13 de Maio de 2000. O seu dia festivo é 20 de Fevereiro.



Jacinta Marto
(de sete anos)
Jacinta Marto (Aljustrel, Fátima, 11 de março de 1910 — Lisboa, 20 de fevereiro de 1920) [1] foi uma dos três pastorinhos que afirmam ter visto Nossa Senhora na Cova da Iria, entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917.

Filha mais nova de Olímpia e Manuel Marto, Jacinta Marto e Francisco eram crianças típicas do Portugal rural da época. Como de início não frequentava a escola, trabalhava como pastora em conjunto com seu irmão e a sua prima Lúcia. Mais tarde, logo após as aparições e segundo as mesmas, por recomendação de Nossa Senhora, entrou na escola primária. De acordo com as memórias de Lúcia, Jacinta era uma criança afectiva e muito afável e emocionalmente frágil.

Na sequência das aparições, os dois irmãos foram influenciados porque terão visto o Inferno, durante a terceira aparição (Julho de 1917). Deslumbrada com a triste sorte dos pecadores, na sua simplicidade, decide responder ao apelo da Virgem Maria e fazer penitência e sacrifício pela conversão dos pecadores.

As três crianças, mas particularmente Jacinta, praticavam mortificações e penitências. É possível que prolongados jejuns a tenha enfraquecido a ponto de ter sucumbido à epidemia do vírus influenza que varreu a Europa em 1918 e em consequência da primeira guerra mundial. Jacinta, que sofria de pleurisia e não podia ser anestesiada devido à má condição do seu coração, foi assistida em vários hospitais, acabando por sucumbir em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital D. Estefânia em Lisboa.

Jacinta foi beatificada, com seu irmão, pelo Papa João Paulo II em 13 de Maio de 2000. Jacinta é a cristã mais nova não-mártir a ser beatificada. O seu dia festivo é 20 de Fevereiro


Os pastorinhos tiveram durante o ano de 1916, três aparições de um Anjo, identificado como Anjo da Paz ou Anjo de Portugal. O relato destas aparições permaneceu em segredo até 1937, até Lúcia as divulgar, pela primeira vez, na designada obra Memórias da Irmã Lúcia I. A narração é mais completa dos restantes acontecimentos e o texto definitivo das orações do anjo foi, posteriormente, publicado na obra Memórias da Irmã Lúcia II, escrito em 1941.

Em 1917, as crianças assistiram a seis aparições de Nossa Senhora, entre 13 de Maio e 13 de Outubro.

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