quinta-feira, 29 de julho de 2010


Já começou a maior flagelo em Portugal, os fogos florestais.
Por isso o "bom escuteiro " deixa aqui, uma explicação sobre, o que é um fogo florestal, como se pode combater e as suas causas .
FOGOS FLORESTAIS:

A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas (direcção e intensidade do vento, humidade relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo do coberto vegetal, orografia do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, prazos de intervenção (tempo entre o alerta e a primeira intervenção no ataque ao fogo), etc...
Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente avistados a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos.


Causas
As causas dos incêndios florestais são das mais variadas. Têm, na sua grande maioria, origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas eléctricas), quer intencionalmente. Os incêndios de causas naturais correspondem a uma pequena percentagem do número total de ocorrências.

Condições Meteoro lógicas
A humidade dos combustíveis mortos (caruma, ramos secos, árvores e arbustos mortos) está directamente relacionada com a humidade do ar. Quanto maior a humidade do material vegetal, menor a facilidade que este tem de entrar em combustão;
A temperatura do ar está também relacionada com a sua humidade relativa. Temperaturas elevadas tornam os combustíveis mais secos e susceptíveis de entrarem em combustão;
O vento é o responsável pela oxigenação da combustão e, consequentemente, intensifica a queima. É também o responsável pelo arrastamento de faúlhas que poderão provocar focos de incêndio a distâncias consideráveis e pela inclinação das chamas sobre outros combustíveis.

Tipo do Coberto Vegetal
A floresta portuguesa é constituída por pinheiro bravo e outras espécies, originárias ou não do nosso território: sobreiros e azinheiras, eucalipto e carvalhos.
O pinheiro bravo tornou-se a espécie dominante no território continental português neste século. Reúne as condições ideais para proporcionar o desenvolvimento de grandes incêndios, principalmente por se associar a vegetação arbustiva de grande combustibilidade. É em zonas com grandes áreas contínuas de Pinheiro Bravo que se verificam maiores extensões de área ardida.

O eucalipto é uma espécie bastante combustível. Por se encontrar, geralmente em povoamentos onde as extracções de matos são frequentes, não possui grande taxa de destruição pelos incêndios.

Os sobreiros e as azinheiras, essenciais constituintes dos sistemas agroflorestais alentejanos, são árvores resistentes ao fogo. A cortiça do sobreiro funciona até como auto defesa da planta às altas temperaturas.


Os Incêndios Florestais em Portugal Continental
A distribuição temporal dos incêndios florestais em Portugal Continental é marcadamente sazonal, verificando-se o maior número de ocorrências e de área ardida nos meses de Julho, Agosto e Setembro. A área ardida nos meses de Inverno não é muito significativa, comparativamente ao resto do ano.



O ORDENAMENTO E A GESTÃO
Factores de sucesso no combate ao fogo:

Nos projectos sujeitos a aprovação dos serviços oficiais, são particularmente consideradas e impostas por lei:
A DIVERSIDADE das espécies vegetais: arborização compartimentada ou em mosaico.
A existência duma REDE VIÁRIA E DIVISIONAL: aceiros e arrifes.
A construção de PEQUENAS BARRAGENS: fontes de abastecimento decisivas.
É igualmente obrigatório manter, na floresta, caminhos e valetas limpos de matos ou de produtos de exploração florestal.

Se, na área em que reside, tiver conhecimento de situações de risco potencial de incêndios como: limpeza de matos deficiente, queimadas, lixeiras ou outras, avise a sua Autarquia, os Serviços Florestais, a PSP, a GNR ou os Bombeiros.



Danos
A floresta tem sido ao longo dos últimos anos alvo de danos significativos quer em termos de áreas ardidas quer em destruição de espécies singulares.
Embora difícil de quantificar, as emissões de gases e partículas libertadas durante um incêndio, podem ser responsáveis por alguns impactos ambientais.

Uma área devastada por um incêndio florestal, quando sujeita a chuvas intensas, pode tornar-se mais susceptível e originar mais facilmente, outro tipo de riscos tais como deslizamentos e cheias. Com a destruição da camada superficial vegetativa os solos ficam mais vulneráveis a fenómenos de erosão e transporte provocados pelas águas pluviais, reduzindo também a sua permeabilidade.

Para além da destruição da floresta os incêndios podem ser responsáveis por:

morte e ferimentos nas populações e animais (queimaduras, inalação de partículas e gases);

destruição de bens (casas, armazéns, postes de electricidade e comunicações, etc.);

corte de vias de comunicação;

alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural;

proliferação e disseminação de pragas e doenças, quando o material ardido não é tratado convenientemente.

Com o crescimento das áreas residenciais na direcção da floresta, os seus habitantes ficam sujeitos a um risco acrescido a este tipo de fenómenos.

A ameaça dos incêndios florestais para pessoas que habitem em áreas florestais ou nas suas imediações, ou que utilizem estes espaços para fins recreativos é real. Um pré planeamento e o conhecimento de medidas preventivas pode diminuir os danos.



A PREVENÇÃO
O seu contributo para proteger a floresta do fogo baseia-se na adopção de algumas Acções Preventivas, medidas de simples bom senso, sempre que haja risco de incêndio e sobretudo durante a época de fogos.
Não faça queimadas em terrenos situados no interior das matas, nem numa distância até 300 metros dos seus limites.
Não lance foguetes ou fogo de artificio dentro das matas nem numa distância até 500 metros dos seus limites.
Não queime lixos no interior das florestas nem numa distância até 100 metros dos seus limites.
Não faça lume de qualquer espécie no interior das matas e nas estradas que a atravessam, e Limpe o mato, num mínimo de 50 metros à volta das habitações, armazéns, oficinas e outras instalações.

Espero que ao fim desta pequena explicação, vocês se lembrem que" uma floresta demoram, 1 século a surgir, mas 1minuto a desaparecer"

Sem comentários:

Enviar um comentário