quarta-feira, 7 de julho de 2010

noticias sobre o escutismo

Pais e instituições põem crianças nos escuteiros para as socializar



Rita, Joana e Daniel estão mais confiantes desde que são escuteiros. Ao todo, há 70 mil.
A entrada para os escuteiros foi determinante para Rita, de 13 anos, desenvolver competências sociais e ganhar valores que corria o risco de perder. Apesar de estar institucionalizada, a educadora Susete garante que "a menina foi muito bem recebida e o facto de pertencer a um grupo a ajudou a crescer".
Rita, tal como outros meninos da sua idade, adora os escuteiros. "O escutismo tem uma série de valores que, a nível social, são muito importantes", diz Susete, quando questionada sobre o motivo que levou a instituição onde se encontra a escolher os escuteiros. "O grupo que permite melhorar as competências sociais e pessoais", diz.
Há quase um ano nos escuteiros, a Rita "reagiu muito bem e começou até a ter mais atenção na escola". "Participa em tudo, pois sente que é tratada de igual para igual", conta Susete, apontando os chefes "como óptimas referências para os miúdos nestas idades". Rita tornou-se mais autónoma, com maior auto-estima e "ganhou um maior equilíbrio emocional".
Quem também está a adorar a experiência é a Joana, de Serpa. Com quatro anos de escutismo, entrou aos seis, a Joana "é uma menina que se tornou muito autónoma desde muito cedo", conta, orgulhosa, a mãe Maria José. Não foi por acaso, afinal, que com seis anos acabados de fazer a filha preparou "sozinha a mochila para o primeiro acampamento, dois dias em Fátima". Nem se intimidou quando, aos oito anos, esteve uma semana longe dos pais. Maria José conta ainda que graças a esta experiência, a filha aprendeu a partilhar com os outros.
Experiência semelhante conta a mãe do Daniel, de Vila Nova de Santo André. Hoje com 11 anos, foi ele que há cinco pediu para entrar no Corpo Nacional de Escutas (CNE). "Se calhar um bocado influenciado pela mãe", admite Guida Alvarenga. "Além da actividade física, traz-lhe outros valores e outra visão da vida que, de algum modo, se vai perdendo na nossa sociedade", frisa."E também lhe permite fazer coisas que os miúdos da idade dele fazem, como ir acampar com os amigos, sem os pais", admite. Embora saibam, mãe e filho, que está sempre por perto o olhar atento e responsável de um chefe. "Conseguem ter a sua autonomia, embora estejam controlados por um chefe que é amigo, mas que também os castiga se for necessário", acrescenta.
Rita, Joana e Daniel comemoraram na sexta-feira o dia de São Jorge, patrono mundial do escutismo. Para assinalar esta festa, hoje reúnem-se em Belém mais de seis mil escuteiros da região de Lisboa. Ao mesmo tempo que se preparam para o Encontro Nacional de Centros Escutistas, que se realiza em Coimbra no dia 2 de Maio.
Para Pedro Duarte Silva, coordenador pedagógico do CNE, os pais levam os filhos para os escuteiros porque "muitos foram escuteiros, perceberam o quanto isso foi importante nas suas vidas e querem que os filhos beneficiem do m esmo". Além disso, frisa este responsável do CNE, há quem vá para os escuteiros porque "isso lhes é recomendado por profissionais de saúde e de educação

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